"Minha mãe botava fé em mim antes do primeiro EP" - Entrevista com niLL
Com um trabalho que é extremamente pessoal, o rapper niLL da SoundFoodGang veio com um álbum que já marcou 2017, e que com certeza marcará presença em todas as listas de álbum do ano em dezembro. O disco, intitulado “Regina” em homenagem a mãe do rapper, veio com uma qualidade de produção absurda, com uma técnica impecavél, e com sons contagiantes, que aproximam o ouvinte do rapper cada vez que o botão de play é tocado.
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| niLL surpreendeu a cena com um dos melhores, senão o melhor álbum de 2017. (Foto: Vice) |
Nós conversamos com o rapper para falar sobre o disco, sobre seus projetos, metas, referências e inspirações. O resultado foi um papo muito legal para os fãs do hip-hop, e do artista. Confira a entrevista:
STARBOX: “Regina” é um álbum totalmente pessoal. Quem escuta, realmente tem a sensação de estar te conhecendo, não só como artista. Qual a importância disso pra você?
niLL: A importância da aproximação com o ouvinte, pra nós é crucial. São as pessoas que entendem a nossa brisa, que entendem o que a gente pensa, tá ligado? E são essas pessoas que vão acompanhar a gente na caminhada, por isso eu acho importante estar perto. Eu não tinha muito essa noção de que (o álbum) iria trazer tão próximo de mim assim, que ia se espalhar dessa maneira. Eu sabia que o álbum era bem pessoal, mas não sabia a sensação que poderia despertar nas pessoas, e isso pra mim tá sendo muito louco. Eles se sentindo em casa, se sentindo confortáveis, eles vão ter vontade de mostrar meu trabalho pra outras pessoas.
S: O disco funciona muito como uma homenagem pra sua mãe. Qual a importância dela pra você, como artista, e de uma maneira geral?
niLL: Ela foi a pessoa que mais acreditou em mim cara. Ela não ouviu nada do que eu tinha feito, também não chegou a ver nada, e mesmo assim ela já botava uma fé monstra. Acho que assim, a fé que as pessoas botam depois de ouvir o álbum, ela colocava desde antes do primeiro EP. Ela já acreditava na parada bem antes, e por isso ela foi a pessoa homenageada. E sem o suporte familiar, eu acho que fica difícil resolver as coisas.
S: Hora da pergunta mais clichê, mas necessária: Como veio seu interesse na música?
niLL: Meu interesse pela música veio através da liberdade que ela proporciona, em vários sentidos. Ela te dá liberdade pra criar, pra pensar, pra conhecer outros lugares, pra viver. Foi a liberdade que me deu interesse na música.
S: Muitos álbuns postados no YouTube, as vezes só tem a imagem da capa estática, com o som de fundo. O seu conta com várias animações e transições. De onde surgiu essa ideia?
niLL: Eu sempre visei que quando eu vou colocar algo especial no YouTube, no caso quando eu vou apresentar algo especial pro mundo, tem que ser da melhor maneira. Hoje em dia, as imagens paradas, estáticas assim, não cativam tanto, não conseguem linkar com a obra, isso é complicado demais. E algo em movimento, que se mexe, já é mais fácil de ser aceito, de se encaixar com a obra. As coisas se encaixam com mais facilidade, e isso prende a atenção de quem tá consumindo.
S: Estamos numa época em que as referências dos artistas ficam casa vez mais explícitas nas obras. Quais são suas referências de fora da música? Filmes, séries, livros, quadrinhos, etc.
niLL: Minhas referências de fora são animes né, minhas referências são Naruto, Dragon Ball, essas coisas assim, eu gosto muito. São referências maiores pra mim do que filmes. As paradas que eu leio também, mangá e tudo mais. E minha referência de fora também é comida né mano, (risos) gosto de estar sempre comendo alguma coisa boa, comida acaba sendo uma referência bem forte pra mim.
S: Seu álbum veio com participações de monstros do Rap Nacional, como De Leve, Ogi e Makalister. Tem algum artista em específico que você tem muita vontade de fazer uma colaboração?
niLL: Da música num geral eu briso em fazer com Arthur Verocai, Vanessa da Mata seria maneiro também. Agora do rap, eu queria muito fazer, e talvez em breve role essa colaboração, é com o Black Alien né mano, até que a gente tá se conhecendo aí.
S: Depois desse grande trabalho que foi “Regina”, você já sabe qual o seu próximo passo?
niLL: Agora eu vou trabalhar em mais algumas colaborações né, tenho alguns clipes do álbum pra lançar, e na sequência deve vir mais algum compilado de faixas, algo bem especial, numa pegada diferente desse último trampo.
S: Qual a sua maior meta, como artista?
niLL: A minha maior meta como artista é fazer a melhor música do mundo. Não só a melhor música do mundo, mas a melhor de todos os tempos.
S: Tem alguma coisa, alguma mensagem, que você quer transmitir pra quem acompanha teu trabalho?
niLL: Eu gostaria de agradecer pra todo mundo que tá entendendo a parada mesmo, que tá mostrando pras outras pessoas, é importante demais a gente ter esse conhecimento pra poder dar continuidade ao nosso trabalho, e poder fazer cada vez melhor. A mensagem principal mesmo, que é clichê, acho que todo mundo deve ter ouvido isso na vida, é que você não deve desistir das suas paradas não. Se você acredita em algo, as pessoas ao seu redor vão acabar acreditando uma hora ou outra.
Pode ir atrás mano, a gente consegue fazer o que a gente quiser, eu tava até ontem lá em Jundiaí, trabalhando num trampo comum, que nem todo mundo, e do nada eu vim parar numa casa em São Paulo, com pessoas que nunca tinham me visto antes, mas assim que me viram, me acolheram como parte da família. E pô, na minha casa eu não tinha video-game, aqui meu parceiro me deixa jogar sempre que eu quiser, e é um Playstation 4. Pô, isso é pequeno, mas tem um significado sabe? Nós somos forçados a não acreditar em tantas coisas, mas na hora que acreditamos em algo, a gente vê que dá certo, é somos obrigados a falar pras pessoas que elas têm que acreditar nas coisas. A gente tá certo mano, quem tá errado é esse mundo.
S: O disco funciona muito como uma homenagem pra sua mãe. Qual a importância dela pra você, como artista, e de uma maneira geral?
niLL: Ela foi a pessoa que mais acreditou em mim cara. Ela não ouviu nada do que eu tinha feito, também não chegou a ver nada, e mesmo assim ela já botava uma fé monstra. Acho que assim, a fé que as pessoas botam depois de ouvir o álbum, ela colocava desde antes do primeiro EP. Ela já acreditava na parada bem antes, e por isso ela foi a pessoa homenageada. E sem o suporte familiar, eu acho que fica difícil resolver as coisas.
S: Hora da pergunta mais clichê, mas necessária: Como veio seu interesse na música?
niLL: Meu interesse pela música veio através da liberdade que ela proporciona, em vários sentidos. Ela te dá liberdade pra criar, pra pensar, pra conhecer outros lugares, pra viver. Foi a liberdade que me deu interesse na música.
S: Muitos álbuns postados no YouTube, as vezes só tem a imagem da capa estática, com o som de fundo. O seu conta com várias animações e transições. De onde surgiu essa ideia?
niLL: Eu sempre visei que quando eu vou colocar algo especial no YouTube, no caso quando eu vou apresentar algo especial pro mundo, tem que ser da melhor maneira. Hoje em dia, as imagens paradas, estáticas assim, não cativam tanto, não conseguem linkar com a obra, isso é complicado demais. E algo em movimento, que se mexe, já é mais fácil de ser aceito, de se encaixar com a obra. As coisas se encaixam com mais facilidade, e isso prende a atenção de quem tá consumindo.
S: Estamos numa época em que as referências dos artistas ficam casa vez mais explícitas nas obras. Quais são suas referências de fora da música? Filmes, séries, livros, quadrinhos, etc.
niLL: Minhas referências de fora são animes né, minhas referências são Naruto, Dragon Ball, essas coisas assim, eu gosto muito. São referências maiores pra mim do que filmes. As paradas que eu leio também, mangá e tudo mais. E minha referência de fora também é comida né mano, (risos) gosto de estar sempre comendo alguma coisa boa, comida acaba sendo uma referência bem forte pra mim.
S: Seu álbum veio com participações de monstros do Rap Nacional, como De Leve, Ogi e Makalister. Tem algum artista em específico que você tem muita vontade de fazer uma colaboração?
niLL: Da música num geral eu briso em fazer com Arthur Verocai, Vanessa da Mata seria maneiro também. Agora do rap, eu queria muito fazer, e talvez em breve role essa colaboração, é com o Black Alien né mano, até que a gente tá se conhecendo aí.
S: Depois desse grande trabalho que foi “Regina”, você já sabe qual o seu próximo passo?
niLL: Agora eu vou trabalhar em mais algumas colaborações né, tenho alguns clipes do álbum pra lançar, e na sequência deve vir mais algum compilado de faixas, algo bem especial, numa pegada diferente desse último trampo.
S: Qual a sua maior meta, como artista?
niLL: A minha maior meta como artista é fazer a melhor música do mundo. Não só a melhor música do mundo, mas a melhor de todos os tempos.
S: Tem alguma coisa, alguma mensagem, que você quer transmitir pra quem acompanha teu trabalho?
niLL: Eu gostaria de agradecer pra todo mundo que tá entendendo a parada mesmo, que tá mostrando pras outras pessoas, é importante demais a gente ter esse conhecimento pra poder dar continuidade ao nosso trabalho, e poder fazer cada vez melhor. A mensagem principal mesmo, que é clichê, acho que todo mundo deve ter ouvido isso na vida, é que você não deve desistir das suas paradas não. Se você acredita em algo, as pessoas ao seu redor vão acabar acreditando uma hora ou outra.
Pode ir atrás mano, a gente consegue fazer o que a gente quiser, eu tava até ontem lá em Jundiaí, trabalhando num trampo comum, que nem todo mundo, e do nada eu vim parar numa casa em São Paulo, com pessoas que nunca tinham me visto antes, mas assim que me viram, me acolheram como parte da família. E pô, na minha casa eu não tinha video-game, aqui meu parceiro me deixa jogar sempre que eu quiser, e é um Playstation 4. Pô, isso é pequeno, mas tem um significado sabe? Nós somos forçados a não acreditar em tantas coisas, mas na hora que acreditamos em algo, a gente vê que dá certo, é somos obrigados a falar pras pessoas que elas têm que acreditar nas coisas. A gente tá certo mano, quem tá errado é esse mundo.
Essa entrevista foi postada originalmente no dia 5 de Setembro de 2017, na nossa página do Facebook. Se você deseja receber nosso conteúdo não só pelo site, você pode nos seguir no Instagram, no Twitter, curtir a nossa página no Facebook e assinar o Feed dos nossos podcasts. Nesses locais, você encontrará conteúdos diferenciados todos os dias, e nos acompanhará mais de perto. Não deixe de conferir!
Por Lucas Carvalho
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