"Todos querem jogar na NBA ou na Europa" - Entrevista com Pedrinho Rava

O basquete no Brasil, e principalmente a NBB, vem se fortalecendo muito nos últimos anos. A liga conta com muitos times em constante evolução, e consequentemente, conta com vários atletas que estão elevando o nível do jogo no país. Nós tivemos o prazer de conversar com um desses atletas. Pedrinho Rava, de apenas 22 anos, e que já jogou por Pinheiros e Flamengo, além do Macaé, seu time atual, conversou conosco sobre o nível da liga, suas ambições e inspirações no jogo, entre outros assuntos.

Jovem, porém já calejado: Batemos um papo com Pedrinho Rava. (Foto: JES)

Starbox: Como surgiu seu interesse pelo basquete? É algo que vem desde a infância?

Pedrinho Rava: Sempre gostei de Basquete! Meu pai jogou até os 18 anos de idade. Mas é uma paixão minha desde que nasci.

S: Você lembra até hoje de como se sentiu no primeiro jogo como profissional?

PR: Meu primeiro jogo como profissional foi pelo Pinheiros, uma mistura de ansiedade e nervosismo. Mas foi incrível.

S: Você jogou em Macaé nas temporadas 2014/2015 e 2015/2016, e retornou ao clube esse ano. É diferente para um jogador, voltar pra um clube que ele já conhece? Te trás alguma facilidade?

PR: Acho que é mais fácil a volta. Por conhecer o ambiente. As pessoas que trabalham na instituição. Além de técnico o Léo virou um amigo. Isso ajuda muito.

S: Qual é o time mais difícil de se enfrentar na NBB atualmente?

PR: Acho que não tem apenas um. O NBB cresceu muito esses anos. Então não posso te falar apenas um.

S: Jogar em alguma liga no exterior é algo que passa na sua cabeça, ou você pretende jogar por muitos anos na NBB ainda?

PR: Todo jogador tem o sonho de jogar fora. Seja na Europa ou NBA. Comigo não é diferente.

Pedrinho Rava em sua passagem pelo Flamengo. Jogador atuou lá antes de voltar ao Macaé. (Foto: Globo Esporte)

S: Qual a sua referência máxima como armador? O cara que te motivou a jogar?

PR: Gosto de falar sempre do basquete brasileiro. Sou fã do Valtinho! Um jeito de jogar diferente. É incrível ver ele em quadra.

S: Você é profissional desde 12/13, e tem só 22 anos. Você se vê como um jogador maduro, seguro de suas decisões?

PR: Apesar da pouca idade acho que já tenho um pouco de rodagem. Com 17 anos já estava no profissional. Isso com certeza me ajuda hoje. Mas ainda tenho coisas a evoluir. Tenho que continuar trabalhando.

S: Ser jogador de basquete no Brasil é um sonho distante, já que o incentivo é praticamente nulo. Pra você, qual é a forma mais eficiente de atrair a molecada pro basquete?
PR: O basquete tem crescido muito no Brasil. O NBB vem evoluindo. Sendo mais divulgado, enfim. Ainda é um esporte que não é valorizado como deveria ser. Nosso país passa por um momento difícil também. Então é complicado. Mas acho que com essa divulgação. Mais jogos na TV, jogos pela internet, enfim.. As pessoas têm acompanhado mais é isso é o grande atrativo.

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Por Lucas Carvalho e Andrey Juan